domingo, 2 de novembro de 2008

historia de bobadela:

Bobadela, freguesia com a área de 6,03 km2, uma população de 124 habitantes e 157 eleitores, é constituída pela sede da freguesia e pela aldeia da Bolideira. As produções são, essencialmente, centeio, batata, milho, frutas e vinho. A pitoresca aldeia de Bobadela, está situada num ponto alto da região, na envolvente do Castelo de Monforte, entre matas de soutos e carvalheiras, assente nos visos da serra a dominar toda a encosta até ao fértil vale de Tinhela, este já do concelho de Valpaços. Possui uma elegante igreja matriz, cujo orago é São Pedro, e alguns prédios dignos de atenção. Numa dessas casas, hoje pertencente a Nuno Santos. existem três pedras trabalhadas que datam de 1517. A nobre família dos Andrades, descendentes de Nuno Freire de Andrade, Mestre da Ordem de Cristo, que veio para Portugal no reinado de D. Pedro de Castela, teve aqui a sua Torre ou Casa Forte. Este castelo e outros congéneres que existem na Galiza e norte de Portugal, poderão remontar aos afastados tempos da reconquista cristã, e aos quais se refere o velho Livro de Linhagens. Este nome de Castelo ou Torre dos Andrade, poderá ter sido atribuído como troféu de glória, para recordar os feitos do ilustre cavaleiro que, com mais quatro companheiros de armas, foi até Espanha combater os sarracenos, em companhia do conde D. Mendo. Os Andrades recolhem o apelido da vila de Andrade, situada na Galiza. Esses senhores, cobertos de honrarias, foram donatários da aldeia. Um deles. o conde de Bobadela, em 1733, foi governador e capitão geral do Rio de Janeiro e mais tarde governador de Minas Gerais e de S. Paulo. Criou no Rio de Janeiro a primeira oficina tipográfica, erigiu o aqueduto de Carioca e interveio na construção de outros edifícios públicos". Dessa família descendeu o general Gomes Freire de Andrade, grande lutador e mártir da liberdade. Deduz se até que Bobadela é uma designação de origem árabe, que poderá derivar de Boabdil, nome do último rei de Granadas°, e que seriam eles, os árabes, os seus fundadores. Foi relativamente curta e efémera a estada dos mouros nestas terras, mas é incontestável que deixaram inúmeros sinais da sua passagem sobretudo em termos de topónimos como: Alpande, Alfonge, Amoínhas (Almoinhas), Almorfe, Bóbeda entre tantos outros". Perto do centro urbano, situa se o castro designado por Cidadonha, de edificação pré romana, embora depois tivesse sido romanizado, como se infere dos achados arqueológicos. Castro esse que integrou a vasta rede de fortificações romanas, que se estendem pela orla do extenso planalto, desde as margens do rio Rabaçal até aos vales de Aguiar e margens do rio Corgo. Conta a lenda que nesse castro existem três arcas: uma contém ouro, outra contém prata e a terceira está cheia de peste. Ninguém ousa abri Ias porque desconhecem o seu conteúdo e poderiam abrir a da peste e assim desencadear uma mortífera epidemia.
Bolideira, aldeia da freguesia de Bobadela, pequeno lugarejo que já foi importante por ter sido um entreposto da boa e abundante batata da região. O que de facto caracteriza esta pequena aldeia é a conhecida Pedra Bolideira. É um enorme bloco de granito com um peso, que autores diferentes referem variar entre as seiscentas e trinta mil toneladas. Escavando em volta, passa se por baixo dele como sob uma abóbada. A sua base assenta sobre a aresta de outra rocha, somente em cerca de meio metro. O simples impulso de uma mão, no local adequado, faz balançar este gigantesco penedos;. A lenda conta como foi descoberto o fenómeno e atribuído o nome à grande rocha. Diz se que um dia, quando um pastor apascentava os seus animais reparou que um carneiro ao coçar os chifres na pedra a fazia mexer. Para confirmar o que seus olhos viam, o pastor resolveu colocar uma pequena vara de giesta entre a fraga movediça e uma outra que estava fixa na base. Confirmou então que essa vara arqueava quando empurrava a fragas;.
“ Noticias do Douro”

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