Bobadela, freguesia com a área de 6,03 km2, uma população de 124 habitantes e 157 eleitores, é constituída pela sede da freguesia e pela aldeia da Bolideira. As produções são, essencialmente, centeio, batata, milho, frutas e vinho. A pitoresca aldeia de Bobadela, está situada num ponto alto da região, na envolvente do Castelo de Monforte, entre matas de soutos e carvalheiras, assente nos visos da serra a dominar toda a encosta até ao fértil vale de Tinhela, este já do concelho de Valpaços. Possui uma elegante igreja matriz, cujo orago é São Pedro, e alguns prédios dignos de atenção. Numa dessas casas, hoje pertencente a Nuno Santos. existem três pedras trabalhadas que datam de 1517. A nobre família dos Andrades, descendentes de Nuno Freire de Andrade, Mestre da Ordem de Cristo, que veio para Portugal no reinado de D. Pedro de Castela, teve aqui a sua Torre ou Casa Forte. Este castelo e outros congéneres que existem na Galiza e norte de Portugal, poderão remontar aos afastados tempos da reconquista cristã, e aos quais se refere o velho Livro de Linhagens. Este nome de Castelo ou Torre dos Andrade, poderá ter sido atribuído como troféu de glória, para recordar os feitos do ilustre cavaleiro que, com mais quatro companheiros de armas, foi até Espanha combater os sarracenos, em companhia do conde D. Mendo. Os Andrades recolhem o apelido da vila de Andrade, situada na Galiza. Esses senhores, cobertos de honrarias, foram donatários da aldeia. Um deles. o conde de Bobadela, em 1733, foi governador e capitão geral do Rio de Janeiro e mais tarde governador de Minas Gerais e de S. Paulo. Criou no Rio de Janeiro a primeira oficina tipográfica, erigiu o aqueduto de Carioca e interveio na construção de outros edifícios públicos". Dessa família descendeu o general Gomes Freire de Andrade, grande lutador e mártir da liberdade. Deduz se até que Bobadela é uma designação de origem árabe, que poderá derivar de Boabdil, nome do último rei de Granadas°, e que seriam eles, os árabes, os seus fundadores. Foi relativamente curta e efémera a estada dos mouros nestas terras, mas é incontestável que deixaram inúmeros sinais da sua passagem sobretudo em termos de topónimos como: Alpande, Alfonge, Amoínhas (Almoinhas), Almorfe, Bóbeda entre tantos outros". Perto do centro urbano, situa se o castro designado por Cidadonha, de edificação pré romana, embora depois tivesse sido romanizado, como se infere dos achados arqueológicos. Castro esse que integrou a vasta rede de fortificações romanas, que se estendem pela orla do extenso planalto, desde as margens do rio Rabaçal até aos vales de Aguiar e margens do rio Corgo. Conta a lenda que nesse castro existem três arcas: uma contém ouro, outra contém prata e a terceira está cheia de peste. Ninguém ousa abri Ias porque desconhecem o seu conteúdo e poderiam abrir a da peste e assim desencadear uma mortífera epidemia.
Bolideira, aldeia da freguesia de Bobadela, pequeno lugarejo que já foi importante por ter sido um entreposto da boa e abundante batata da região. O que de facto caracteriza esta pequena aldeia é a conhecida Pedra Bolideira. É um enorme bloco de granito com um peso, que autores diferentes referem variar entre as seiscentas e trinta mil toneladas. Escavando em volta, passa se por baixo dele como sob uma abóbada. A sua base assenta sobre a aresta de outra rocha, somente em cerca de meio metro. O simples impulso de uma mão, no local adequado, faz balançar este gigantesco penedos;. A lenda conta como foi descoberto o fenómeno e atribuído o nome à grande rocha. Diz se que um dia, quando um pastor apascentava os seus animais reparou que um carneiro ao coçar os chifres na pedra a fazia mexer. Para confirmar o que seus olhos viam, o pastor resolveu colocar uma pequena vara de giesta entre a fraga movediça e uma outra que estava fixa na base. Confirmou então que essa vara arqueava quando empurrava a fragas;.
“ Noticias do Douro”
domingo, 2 de novembro de 2008
historia de bobadela:
sábado, 1 de novembro de 2008
neste blog vamos conhecer melhora a vila de bobadela:
localizaçao/concelho:
A Freguesia de Bobadela, pertence ao concelho de Loures que se situa na região de Lisboa e Vale do Tejo.
delimitaçoes:
Com uma área de pouco mais de três quilómetros quadrados, a freguesia de Bobadela é uma das mais recentes deste concelho de Loures. Pertenceu até há relativamente poucos anos, como simples lugar, à freguesia de São João da Talha, saindo em 1989 para formar freguesia independente. Os seus limites administrativos são: a norte, São João da Talha; a sul e poente o rio Trancão; a nascente, o rio Tejo.
População: 12 000 habitantes
Actividades económicas: Indústria, comércio e serviços.
Festas e romarias: Aniversário da freguesia / elevação a vila (12 de Julho) e Nossa Senhora dos Remédios (Julho).
Património cultural e edificado: Igreja matriz, palácio dos Condes de Mendia e pedras tumulares.
Outros locais de interesse: Núcleo antigo, bairro da Petrogal, vista panorâmica sobre o rio Trancão e árvores antigas.
Gastronomia: Bacalhau assado na brasa, entrecosto grelhado, açorda de marisco e cozido à portuguesa.
Artesanato: tecidos e pintura em vidro e madeira.
A freguesia da Bobadela foi criada em 25 de Agosto de 1989. É uma das mais recentes do Concelho de Loures. Até então era um lugar da freguesia de S. João da Talha. Em Junho de 1997 esta povoação foi elevada a vila.
O nome parece provir do árabe Budel, que significa porta larga ou porta franca. Por aqui passava o caminho mais rápido para chegar a Lisboa.
Este local foi ocupado por vários povos: visigodos, árabes e romanos. Mais tarde foi também ocupado pelos cruzados que ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa.
Vários foram os proprietários destas terras: D. Dinis ofereceu-as a sua filha D. Constança, em 1295; D. Fernando, em 1371, ofereceu-as como prenda de casamento a D. Leonor; D. Nuno Álvares Pereira adquiriu-as em 1390.
Durante o reinado de D. Manuel I a peste atingiu Lisboa (1502, 1506, 1513, 1521) tendo-se o rei deslocado para estas terras de puras águas. Em sinal de gratidão mandou construir uma capela que ainda conserva o portal manuelino e dedicou-a a Nossa Senhora dos Remédios, que é a padroeira da freguesia. A sua festa realiza-se anualmente durante o mês de Julho.
Nesta freguesia ainda podemos encontrar um portal de uma vila de 1910 (a vila Judith), uma casa senhorial que possui como brasão um bobo (que se tornou o símbolo da freguesia), uma oliveira milenar, o palácio onde viveu D. Manuel I no século XVI, na rua de Olivença, onde ainda se podem ver algumas colunas e restos desse monumento.
A Freguesia de Bobadela, pertence ao concelho de Loures que se situa na região de Lisboa e Vale do Tejo.
delimitaçoes:
Com uma área de pouco mais de três quilómetros quadrados, a freguesia de Bobadela é uma das mais recentes deste concelho de Loures. Pertenceu até há relativamente poucos anos, como simples lugar, à freguesia de São João da Talha, saindo em 1989 para formar freguesia independente. Os seus limites administrativos são: a norte, São João da Talha; a sul e poente o rio Trancão; a nascente, o rio Tejo.
População: 12 000 habitantes
Actividades económicas: Indústria, comércio e serviços.
Festas e romarias: Aniversário da freguesia / elevação a vila (12 de Julho) e Nossa Senhora dos Remédios (Julho).
Património cultural e edificado: Igreja matriz, palácio dos Condes de Mendia e pedras tumulares.
Outros locais de interesse: Núcleo antigo, bairro da Petrogal, vista panorâmica sobre o rio Trancão e árvores antigas.
Gastronomia: Bacalhau assado na brasa, entrecosto grelhado, açorda de marisco e cozido à portuguesa.
Artesanato: tecidos e pintura em vidro e madeira.
A freguesia da Bobadela foi criada em 25 de Agosto de 1989. É uma das mais recentes do Concelho de Loures. Até então era um lugar da freguesia de S. João da Talha. Em Junho de 1997 esta povoação foi elevada a vila.
O nome parece provir do árabe Budel, que significa porta larga ou porta franca. Por aqui passava o caminho mais rápido para chegar a Lisboa.
Este local foi ocupado por vários povos: visigodos, árabes e romanos. Mais tarde foi também ocupado pelos cruzados que ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa.
Vários foram os proprietários destas terras: D. Dinis ofereceu-as a sua filha D. Constança, em 1295; D. Fernando, em 1371, ofereceu-as como prenda de casamento a D. Leonor; D. Nuno Álvares Pereira adquiriu-as em 1390.
Durante o reinado de D. Manuel I a peste atingiu Lisboa (1502, 1506, 1513, 1521) tendo-se o rei deslocado para estas terras de puras águas. Em sinal de gratidão mandou construir uma capela que ainda conserva o portal manuelino e dedicou-a a Nossa Senhora dos Remédios, que é a padroeira da freguesia. A sua festa realiza-se anualmente durante o mês de Julho.
Nesta freguesia ainda podemos encontrar um portal de uma vila de 1910 (a vila Judith), uma casa senhorial que possui como brasão um bobo (que se tornou o símbolo da freguesia), uma oliveira milenar, o palácio onde viveu D. Manuel I no século XVI, na rua de Olivença, onde ainda se podem ver algumas colunas e restos desse monumento.
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